Confira dicas que vão auxiliar na tomada de decisão diante desta tarefa, além de estratégias para economizar.
Todo início de ano alguns pais enfrentam o mesmo dilema: levar ou não os filhos para comprar o material escolar? Essa decisão vai muito além de escolher apenas novos cadernos, lápis de cor e canetas hidrográficas. Segundo a professora Bruna Dias de Castro dos Santos, dos colégios da Rede Positivo, esse hábito pode ser uma forma de ensinar responsabilidade financeira e promover um senso de autonomia nas crianças. Neste post, vamos explorar essa prática com mais detalhes e oferecer dicas para garantir uma experiência tranquila e de conhecimento para os pequenos.
Qual a melhor abordagem?
Para a professora Bruna, esse momento é uma oportunidade de aprendizado em conjunto e gradativo para a criança. Segundo ela, levar os filhos para comprar materiais de uso individual como lápis, canetas, cadernos e mochila faz com que a criança participe ativamente da escolha e expresse seu gosto pessoal.
Por outro lado, na compra de materiais de uso coletivo como folhas sulfites, giz, tintas, entre outros, não é estritamente necessário a criança estar junto, já que são itens mais genéricos. Embora, essa compra possa ser feita sem os filhos, a professora ressalta que é essencial que todo o material seja apresentado para a criança, para que ela fique mais atenta e cuidadosa com seus pertences.
Envolvendo as crianças desde cedo
Outra questão que muitos pais podem fazer, é qual a melhor idade para incluir os filhos nessa atividade? Para Bruna, as crianças devem fazer parte desse processo desde cedo. No início, elas podem assumir um papel mais observador, porém essa experiência abre caminho para uma participação mais ativa nos anos seguintes.
Além disso, conforme as crianças crescem e desenvolvem habilidades de tomada de decisão, os pais podem envolvê-las mais, permitindo que façam escolhas autônomas. Construir isso de forma gradual contribui para ter mais confiança e responsabilidade nas crianças, além de prepará-las para assumir novas responsabilidades à medida que crescem.
Os benefícios
Nessa etapa, destacar a individualidade e os gostos pessoais da criança pode aumentar seu senso de responsabilidade, autoestima e de pertencimento à escola. Além disso, ao ter a oportunidade de escolher, ela pode se sentir mais motivada e entusiasmada para voltar às aulas. Outro aspecto que Bruna destaca é que ao explicar para os filhos a importância de tomar decisões de forma consciente e responsável, os ajuda a construir hábitos mais sustentáveis desde pequenos. Além disso, visitar diversas lojas e apresentar para a criança diferentes opções do mesmo produto, estimula o seu pensamento crítico diante de preço, qualidade e necessidade do que está comprando.
Os desafios
Apesar dos benefícios, envolver os filhos na compra do material escolar também pode gerar alguns contratempos. “A variedade de opções pode sobrecarregar e estimular o consumismo nas crianças. Nesse sentido, é importante estabelecer limites claros e orientá-las sobre a diferença entre desejo e necessidade”, aponta Bruna.
Segundo a professora, outra preocupação comum é o controle de gastos. Porém, ela informa que “para lidar com isso, os pais podem estabelecer um orçamento máximo para cada criança e incentivá-las a fazer escolhas dentro dele. Além disso, fazer uma pesquisa de preços antecipada e comparar ofertas pode ajudar a encontrar os melhores negócios e economizar dinheiro”.
Checklist da economia inteligente
Com as dicas da professora Bruna, construímos um checklist para ajudar os pais a economizar no momento da compra do material escolar:
Definir um orçamento: estabeleça um limite financeiro para as compras e comunique para os filhos.
Revisar materiais antigos: verifique os materiais que já possui e analise quais itens podem ser reaproveitados.
Fazer uma lista detalhada: elabore uma lista completa dos itens necessários, de acordo com as orientações da escola, para evitar esquecimentos e compras desnecessárias.
Pesquisar preços: compare os preços dos materiais em diferentes lojas para encontrar as melhores ofertas e garantir um melhor custo-benefício.
Explicar a diferença entre desejo e necessidade: oriente os filhos sobre a diferença entre o que eles desejam e o que realmente necessitam, é uma tática para evitar o consumismo.
Estimular o pensamento crítico: apresente diferentes opções de produtos e discuta aspectos como preço, qualidade e utilidade, incentivando os filhos a pensar criticamente nas suas escolhas.
Dessa forma, seguindo as orientações apresentadas pela professora, essa tarefa anual pode se tornar uma experiência educativa e econômica para toda a família. Afinal, comprar o material escolar é uma oportunidade de ensinar responsabilidade financeira aos filhos, promover autonomia e cultivar habilidades importantes para ao longo de suas vidas.